A Família e a Pátria

A partir da convivência familiar aprendemos a nos relacionar socialmente com colegas, parentes, vizinhos e todas as pessoas com as quais cruzamos na estrada da vida. Quem for obediente e submisso à autoridade dos pais, não terá dificuldades em submeter-se à autoridade da professora na escola, dos mais idosos na rua e do futuro patrão no emprego. Quem amar sua família, zelar por ela e defende-la também amará o circulo de amigos, sua comunidade escolar, seu município, seu estado e sua pátria. Como pode ver, a família é de fato a célula central da sociedade. Tudo começa ali.

É lastimável que o civismo em nossos dias esteja numa maré tão baixa. Creio que muito contribui o fato de nossas famílias estarem tão desestruturadas e distanciadas do modelo bíblico, mas muito também se deve aos “inquilinos” da nossa pátria, ou seja, nossos governantes, que dão mau exemplo e não administram de forma honesta e voltada ao bem comum da sociedade a “nossa casa”. Em vez de nos servirem de exemplo e estímulo, tantos nos são um vexame e nos envergonham como brasileiros patriotas. Entretanto, a casa é nossa e a esperança é que ela receba novos inquilinos que saibam cuidar melhor dela, para nosso alívio e alegria. Apesar de tudo, estamos melhores do que muitos outros países, temos uma pátria livre e ainda podemos viver segundo a nossa fé e os princípios dela.

Quero nessa coluna alertar aos pais que ensinem a seus filhos a amar seu lar, sua família, sua escola, seu meio social, sua cidade, seu país. Isso é fundamental para a formação de bons patriotas. Ensinem seus filhos com o próprio exemplo a respeitar as autoridades, os sinais de trânsito, as normas das escolas, das igrejas e clubes de serviço. Sejam sempre fiéis em pagar vossos impostos, por mais injustos que tantas vezes vos pareçam ser. Não podemos passar por cima da palavra de Deus que nos diz em Rm 13.1: ”Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas”. Jesus também disse: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

Um lar unido, uma comunidade unida, um povo unido (e principalmente se for também com Deus,) jamais será vencido. Façamos o que o que diz em 1 Pe 2.15:”Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos”. Se o resgate dos princípios vitais cívicos não vem de cima, que venha então debaixo, ou seja, a partir das nossas famílias!

Pastor Ivo Lidio Köhn