Visita a Terra Santa

Minha esposa Susana e eu, após um longo período de espera, Deus nos deu o privilégio de conhecer o país de Israel e a Grécia. Isto aconteceu nos dias 12 a 23 de Julho do corrente ano. Não é possível relatar tantas experiências fortes num pequeno espaço nesta revista. O nome da caravana de 25 pessoas era chamado de: “Vivendo Milagres”.

Em São Paulo , nos esperava o nosso líder, o Pastor Ricardo. O vôo saiu as 3:15 da manhã para Istambul, com a Turkish Airline, chegando na Turquia cansados, após 14 horas de vôo e 6 horas de fuso horário. Tomamos o vôo para Tel Aviv e dali, de ônibus até a capital Jerusalém. Já hospedados num hotel saímos com um guia para visitar os Montes das Oliveiras. Jesus costumava ir nestes lugares para orar. Dali se pode ver a cidade velha de Jerusalém, medindo mais ou menos 1 Km quadrado. Todas as construções são da mesma cor, construídas de pedras de calcário. Deste lugar também podíamos ver a cúpula da mesquita dourada, construída a 1300 anos atrás. Foi ali que o rei Salomão construiu o primeiro templo que mais tarde foi destruído pelos romanos. Foi neste monte, chamado Moriá, que Abraão ofereceu seu filho Isaque em sacrifício. Depois seguimos para o Jardim Getsêmani onde Jesus foi traído por seus amigos. Aqui não há como não se emocionar. Depois de ouvir uma mensagem do líder do grupo, tivemos um tempo para a meditação e oração, assentados debaixo das Oliveiras. As lágrimas vieram aos olhos. Não há como não se lembrar do sofrimento de Jesus na naquele lugar, pois tinha chegado a sua hora. Vimos ali 3 árvores da época de Jesus. Estar ou simplesmente passar por lugares onde Jesus esteve ou passou é indescritível. Racionalmente não se pode explicar.

Fomos ao cenáculo onde Jesus costumava estar com seus discípulos, e neste lugar os discípulos também estavam reunidos no dia da Ascensão e receberam o Espírito Santo. Seguimos para o lugar chamado de Santo Sepulcro, lugar onde Jesus foi crucificado e sepultado. Chegamos ao caminho chamado, Via Dolorosa (as 7 estações), por onde Jesus passou, após ter recebido a sentença de morte, carregando a Sua cruz. É de arrepiar, só de pensar que Ele carregou a cruz por aquelas ruas até chegar ao lugar de Sua crucificação.

Depois fomos para o tanque de Betsaida onde Jesus curou o cego de nascença, hoje sem água.

Fomos visitar o jardim da Tumba, o local onde Jesus foi crucificado e sepultado. Tivemos o privilégio de entrar na Tumba. Que emoção! Estar no lugar onde o corpo de Jesus jazia é indescritível. Ficamos um tempo no lugar para meditar e relembrar os textos bíblicos que relatam aquilo que naquele lugar aconteceu. Nas imediações também tivemos um momento onde celebramos a Santa Ceia. Vimos também pessoas nas imediações ajoelhadas e chorando de emoção.

Visitamos o murro das lamentações. Visitamos a casa de Caifás onde, Pedro nega Jesus por três vezes e onde Jesus passou a noite preso. Aqui também foi muito significativo para nós. Não há como andar por estes lugares sem pensar no sofrimento de quem decidiu dar sua vida para que tivéssemos vida eterna. Olhando para tudo isto temos uma idéia muito mais acurada do preço de nossa salvação e o quanto custou nossa a salvação.

Do deserto da Judéia podíamos ver a Jordânia. Foi exatamente ali que Abraão recebeu os anjos os quais anunciaram a gravidez de sua esposa. Andamos de camelos e tivemos um bom tempo neste lugar. O que nos impactou foi ouvir que Abraão foi chamado por Deus para sair de sua terra, incluía a sua hospitalidade. Compartilhou com os visitantes idólatras e adoradores de muitos deuses sobre o Deus único e verdadeiro. Ou seja, Abraão usava a hospitalidade para discípular os que passavam por aquele lugar, anunciando o verdadeiro Deus. Dali fomos a Jericó, uma das cidades mais antigas. Vimos o sicômoro idêntico ao que Zaqueu subiu para ver Jesus passar. Da cidade de Jericó vimos o monte da tentação, porque se crê que este é o monte da tentação. O texto bíblico nos diz que Jesus foi levado ao deserto para ser tentado e depois o diabo o levou a um alto monte. E este é o monte mais alto deste lugar (Mt 4). 

De lá ao Mar Morto, foi fantástico. Tivemos tempo para alguns se banharem, ter a sensação de flutuar nas águas salgadas. Lembrando que ele é chamado de mar Morto por ter uma quantidade de 33% de sal em suas águas.

De lá fomos visitar as montanhas onde foram encontrados todos os livros do Velho Testamento, não muito tempo atrás. Enfrentamos um calor de 40 graus e estávamos a 400 metros abaixo do nível do mar. Os livros do Velho Testamento foram preservados porque quando a comunidade percebeu que seriam atacados e destruídos, eles colocaram os livros, escritos em peles de cabras e em vasos de barro, nas cavernas. Assim eles foram preservados e encontrados intactos. Vimos aqui a Soberania Divina.

Num dos montes da Judéia vimos o lugar onde Josué, em uma de suas batalhas orou pedindo que o sol parasse.  Daqui também podíamos ver Emaús, o lugar onde Jesus caminhou com os dois discípulos depois de haver ressuscitado. Que fica mais ou menos a 30 Km de Jerusalém. É maravilhoso contemplar estes montes pensando nos personagens e textos bíblicos. É como andar sobre a Bíblia.

Chegamos a Belém, cidade do Rei Davi e onde Jesus nasceu. Visitamos a gruta dos pastores onde supostamente Jesus nasceu. Aqui está também, o campo de Boas, onde Rute se alimentou das espigas que caiam. Daqui pode se ver Betânia, e de onde vieram os pastores para visitar Jesus. Entramos em uma gruta usada pelos pastores na época, é saber como eles viviam. Foi muito interessante. As passagens bíblicas se tornam mais visível e compreensível. A terra que mana leite e mel, é bom saber que era leite de cabra e mel de Tâmara. Por ser árido, chove somente 10 dias por ano, não há como desenvolver qualquer outro tipo de agricultura.

Fomos a Cafarnaum, a cidade onde Jesus morou e onde está a casa da sogra de Pedro. Aqui ainda podemos ver, que ao lado da casa havia uma sinagoga. 

Depois nos dirigimos ao monte das bem-aventuranças onde lemos as palavras de Jesus de Mateus cap. 5 e oramos. Logo após fomos almoçar num restaurante chamado de: ”Restaurante de São Pedro”. Passamos por Magdala, onde foi encontrada a maior Sinagoga e era o principal porto pesqueiro e também onde nasceu Maria Madalena. Passamos por Tabaha onde houve a multiplicação dos pães. O que de fato chama a atenção é ver como eram construídas as casas naquela época. São pequenas e eram usadas somente para dormir. Todas as demais coisas eram feitas fora da casa.

Fomos para o mar da Galiléia que tem 23 Km de extensão e 11 Km de largura. Durante o passeio de barco tivemos um momento de louvor e contemplação, pois Jesus passou muitas horas neste mar com seus seguidores. Fomos conhecer o rio Jordão com suas peculharides e história. Passamos pelo monte Tabor, onde Jesus se transfigura diante dos discípulos. É chamado de monte da transfiguração. A vila ao pé do monte é Nain, certamente neste lugar que Jesus encontra seus discípulos em apuros por não ter conseguido expulsar um demônio de um rapaz. 

Após ter andado pelos vales e montanhas chegamos ao Monte Carmelo. Onde o profeta Elias lutou contra os 450 profetas de Baal. Paramos para um momento de oração, fui solicitado a dirigir o grupo em oração.

Deixamos o monte Camelo em direção a Nazaré,  cidade de Maria e onde Jesus cresceu. É uma cidade mista. Vivem cristãos, mulçumanos e judeus. Mas aqui vive o maior número de cristãos em Israel. Visitamos a casa de Maria e a carpintaria de José e outros lugares mais em Israel.

Fomos para Atenas, na Grecia. A Grécia é formada por quinhentas ilhas, mas somente 200 delas são habitadas. É uma cidade basicamente dentro de dois mares. De um lado o mar Mediterrâneo e do outro o mar Ageu.

Visitamos a histórica cidade de Coríntios, que fica há 76 km de Atenas. Na época de Paulo a cidade de Coríntios tinha mais ou menos cem mil habitantes e a igreja plantada por ele contava com mais ou menos mil membros. Paulo escreveu as duas cartas a esta igreja que ele mesmo plantou nesta cidade.

Uma das curiosidades da cidade de Coríntios é que eles eram muito ricos por causa da navegação. 

Os coríntios eram fervorosos e pregavam para todos os lados. Daqui o Evangelho se expandiu para outras cidades. Lembrando que os cristãos nunca se preocupavam com templos, eles se reuniam em vários lugares. 

Visitamos o templo da deusa Diana. O que nos chamou a atenção foi ver o tamanho do templo e o estilo da construção construída a 500 anos antes de Cristo. A deusa Diana era adorada no tempo antigo e é reconhecida até hoje pelos gregos. Em todas as cidades antigas havia um monte e nele um santuário oferecido ao padroeiro da cidade. Na volta visitamos o estádio olímpico aberto com capacidade para 70 mil pessoas sentadas. Depois a volta para casa. 

Está foi a melhor viagem da nossa vida até hoje. O aprendizado foi grande. Quiséramos ter feito esta viagem a muito mais tempo atrás. Mas Deus, que é soberano, sabe qual é o melhor tempo para cada um de nós. Nossa fé com certeza se tornou mais viva, aumentou muito o nosso conhecimento. Louvamos a Deus por termos recebido este presente. Nos trouxe muita clareza à algumas passagens bíblicas e acrescentou muito a nossa vida espiritual. A Ele toda honra e glória. Amém

Linha 15 de Novembro

Hélio G. Renner – Pastor

Esther Susana M. Renner – professora