Uma doença chamada alcoolismo

“Não se embriaguem, pois a bebida levará vocês à desgraça; mas encham-se do Espírito de Deus”.

Efésios 5.18

“De todas as drogas, qual é a pior? Ópio, cocaína, heroína, maconha, crack? Ou, quem sabe, alguma outra que você conheça e que não está na lista. Prepare-se para uma surpresa: a pior de todas, por seu charme, pelo seu consumo generalizado e pelo mal que faz para as pessoas e a sociedade é o álcool. Que o álcool é uma droga, não há a menor dúvida porque pode criar dependência e provoca perturbações nos estados de consciência da pessoa. O álcool é absorvido rapidamente na corrente sangüínea. A maior parte dele é metabolizada no fígado; e o restante, depositado no suor ou urina”.

O alcoolismo é atualmente um dos maiores problemas de saúde em vários países, inclusive no Brasil, onde o consumo per capita do álcool é maior que o do leite. As bebidas alcoólicas são responsáveis pela maioria absoluta de atos de violência na casa, contra filhos e mulher, de violência generalizada, de crimes e desastres de automóvel, sem mencionar os seus efeitos sobre a saúde de quem bebe. O álcool rouba das pessoas suas funções racionais. Roubadas de suas funções racionais, as pessoas se comportam de forma irresponsável. Pessoas irresponsáveis perturbam a ordem pública, são maus cidadãos, eventualmente se tornam criminosas. Uma festa alegre movida ao sabor da inocente cerveja: esse é o cenário perfeito que freqüentemente antecede os velórios, especialmente de jovens e adolescentes.

Os levantamentos sobre o consumo de álcool e outras drogas entre os jovens no mundo e no Brasil mostram que é na passagem da infância para a adolescência que se inicia esse uso. Nos Estados Unidos, estima-se que cerca de três milhões de crianças e adolescentes fumem tabaco. O álcool é usado pelo menos uma vez por mês por mais de 50% dos estudantes das últimas séries do que corresponde ao nosso ensino médio, sendo que 31% chega a se embriagar mensalmente. Encontrou-se na população jovem (13 a 18 anos) as seguintes taxas de uso de tabaco, álcool e drogas: 12% de fumantes pesados (um maço ou mais ao dia); 15% de bebedores pesados (cinco ou mais doses por dia em três ou mais dias dos últimos 15); 5% fazem uso regular de maconha (20 ou mais dias no último mês); e 30% fazem uso freqüente de cocaína (três ou mais vezes no último mês). O uso de drogas varia de acordo com o sexo e, em meninos, esse uso aparece associado com mais freqüência à delinqüência.

A Organização Mundial da Saúde considera o alcoolismo uma das doenças que mais matam no mundo. Estudo realizado no Brasil revela que o alcoolismo já é a terceira maior doença no país. Só perde para os males do coração e o câncer. Os resultados do levantamento, feito no ano 2000, indicam também que 5,6% de todas as mortes de homens ocorridas no planeta e 0,6% de mulheres são atribuídas ao consumo de álcool. No Brasil, 53% dos meninos entre 12 e 17 anos e 47% das meninas já experimentaram bebida alcoólica. Deste percentual, 6,5% dos homens se tornam dependentes e 3,5% das mulheres também ficam viciadas.

O suicídio é 58 vezes mais freqüente em alcoólatras do que no resto da população, e entre 30% a 40% dos acidentes de trabalho são devidos ao alcoolismo. Em 1989, 14% dos jovens brasileiros entre 10 e 18 anos ingeriam bebida alcoólica mais de seis vezes por mês; em 1996 esse percentual subiu para 19%. De 1989 a 1993, o número de jovens que fazia uso pesado do álcool (vinte vezes ou mais por mês) havia crescido 50%. No domingo, dia do auge etílico semanal no Brasil, cambaleiam pelo país de 12 a 15 milhões de bêbedos. Estima-se que 9% das mulheres e 15% dos homens no país sejam alcoólatras. O Dr. Luiz Carazzai, estudioso de dependências químicas, informa que mais da metade dos acidentes de trânsito no país estão relacionados ao consumo de álcool, causa também de 87% dos casos de agressão registrados nas delegacias da mulher.

As mulheres alcoólatras grávidas podem prejudicar de forma irreversível seus futuros filhos. O álcool cruza a barreira placentária e se distribui no líquido amniótico e em vários tecidos fetais. Num congresso de obstetrícia realizado na Espanha em 1984, uma obstetra informou que haviam nascido naquele país, no ano anterior, cerca de mil bebês com a “síndrome alcoólica fetal”, quase o mesmo número de mongolóides. As crianças nascidas com esta síndrome apresentam, entre outros, os seguintes sintomas: peso e altura inferiores à média, diâmetro reduzido da cabeça, rosto assimétrico, fissuras na pálpebra, deslocamento da pélvis, anomalias cardíacas, deficiência da performance motora, retardo mental, epilepsia, hérnias… Já foram catalogadas 91 malformações relacionadas à síndrome alcoólica fetal.

O álcool tem um efeito devastador no viciado. No alcoolismo crônico é comum a ocorrência do Delirium tremens; o alcoólatra treme pelo corpo todo, sua temperatura pode chegar acima de 40ºC e o suor é tão abundante que ele pode morrer de desidratação; a pele fica avermelhada em razão dos danos aos vasos sangüíneos sob a pele. Os nervos afetados podem causar impotência; o indivíduo também pode ficar estéril em razão dos efeitos tóxicos no esperma. O álcool ainda pode causar pressão alta, arritmia, ataques cardíacos, derrames cerebrais e danos aos músculos cardíacos, encolhimento cerebral; perda de memória e demência (loucura) podendo também causar câncer de garganta, de esôfago e de boca. A pesquisadora Gilka Fígaro Galtas, da Faculdade de Medicina da USP, concluiu que a bebida causa de 80% a 90% dos casos de câncer de boca.

Os principais danos causados nos órgãos são os seguintes:

-Fígado: hepatite, cirrose (endurecimento e degeneração do tecido);

-Pâncreas: pancreatite (inflamação na qual o pâncreas libera suas enzimas no próprio tecido);
-Estômago: gastrite, úlcera;

– Sistema nervoso: lesões cerebrais, epilepsia, psicose e demência;

– O álcool é extremamente tóxico para os neurônios, pois ele acaba matando-os a longo prazo, pode deixar a pessoa com perda de memória e raciocínio mais lento que pode atrapalhar na sua profissão, desempenho nos estudos e até causar problemas emocionais como depressão e tristeza.

– A bebida alcoólica pode levar à insuficiência cardíaca: uma doença que faz o coração perder a força de bombear o sangue para o corpo. Assim, as pessoas que consomem álcool com freqüência estão mais sujeitas à hipertensão a aos males do coração.

– Diminuição das funções cerebrais: consumido por muito tempo, o álcool provoca danos na memória, como esquecimento de fatos recentes. Na dependência, é comum a dificuldade de aprendizagem e concentração.
Os efeitos da bebida no corpo

Câncer: a bebida inflama a parede que reveste o esôfago, estômago e os pâncreas e aumenta as chances de surgirem tumores malignos nesses órgãos.

Males cardíacos: com o tempo, o álcool provoca uma lesão no miocárdio, uma estrutura muscular. Se for comprometido, gera alterações no ritmo dos batimentos. Há chances de ocorrer uma arritmia grave e até uma parada cardíaca. Ela eleva também a pressão arterial.

– Cirrose: a bebida alcoólica provoca a morte das células do fígado. A agressão crônica causa uma lesão séria no órgão. Se a situação evoluir, existe o perigo de surgir um tumor.

– Impotência: o consumo excessivo prejudica o sistema nervoso central e causa depressão, diminuição da libido e perda da função sexual. O álcool mata por overdose, em dosagens altas a pessoa pode ter uma depressão respiratória, chegando ao coma alcoólico e levá-la a morte”.   (fonte de dados: Internet)

Para finalizar gostaria de relatar uma história: Um soldado lutava desesperadamente contra a bebida. Ele havia chegado até tenente Coronel. Mas, por causa da bebida ele foi rebaixado e rebaixado. No final, ele voltou a ser apenas um soldado. Ele sabia que se fosse achado de novo bêbado iría para a cadeia. Um dia ele estava deitado no quartel quando um pastor entrou. O velho pastor passou entre os soldados distribuindo literatura. Quando ele chegou ao soldado, ele percebeu sua aflição.O soldado o mandou embora dizendo que não acreditava em Deus. Mas, o pastor continuou a falar. Ele disse que ele também havia lutado contra a bebida. Ele falou que conhecia um poder que poderia libertá-lo. Ele deu um pequeno Novo Testamento para o soldado com as seguintes instruções: “Cada vez que você sentir vontade de beber, tome seu Novo Testamento e leia o Evangelho. Antes de você terminar, o desejo passará”. O soldado agradeceu, mas quando o pastor foi embora, ele jogou o Novo Testamento na cabeceira e foi dormir.  Mais tarde ele acordou com um desejo infernal de beber.  Ele sentiu aquela força incontrolável, aquele desejo de mergulhar na bebida. Quando ele estava se arrumando para ir ao bar, ele lembrou das palavras do pastor. Ele viu a Bíblia, pegou-a e começou a ler. Em menos de meia hora ele havia lido vários capítulos. E, o mais incrível – ele não queria mais beber. Daquele dia em diante, cada vez que ele sentiu o desejo de beber, ele pegou a Bíblia e começou a ler o Evangelho. Em pouco tempo ele deixou de vez de beber e ficou curado.

Se você quiser parar qualquer vício, vencer qualquer tentação, siga o conselho do pastor – pegue sua Bíblia e comece a ler o Evangelho. Pode ser Mateus, Marcos, Lucas ou João. Qualquer um serve. Se precisar ler todos, leia. Importa apenas que você leia o Evangelho. Procure Jesus. E depois, continue procurando. Prove isso, experimente e você verá o poder da Palavra de Jesus. Jo. 8.31-32.

 

Paulo Aguilar