Quadro de Família – Pensando em constituir família

Autor: Pr. Ivo L. Köhn

O homem é um ser social que precisa conviver com outros da sua espécie. O próprio Criador o constatou quando Adão deu nome aos animais e percebeu que estava só na sua raça, afirmando: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” (Gn 2.18) E assim criou a mulher, de uma das costelas do homem, segundo Gn 2.22:” E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher…”.

Portanto é perfeitamente normal quando os rapazes começam a olhar para as moças e estas para os rapazes com o propósito de encontrar alguém com quem possam compartilhar sua vida. Estão fazendo nada mais do que seguir as forças  dos sentimentos que Deus neles colocou.

Há os que negligenciam os critérios na escolha e deixam-se levar pela sedução, beleza física,  aparência externa, justo o que não é tão relevante para uma boa escolha.

Constituir um lar, uma família é algo muito sério. Não deveria ser encarado com leviandade, mas com toda a seriedade, pois envolve emoções e sentimentos profundos, com os quais não se pode e nem se deve brincar. O “FICAR” não deveria existir no vocabulário de um jovem crente. O propósito sempre deve ser “até que a morte nos separe” e jamais “até o primeiro grande desentendimento ou primeira crise”.

Conforme a palavra de Deus o primeiro grande e importante critério na escolha é: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos…” (2 Co 6.14) O que significa isso? Um jovem crente jamais deveria namorar ou casar com um jovem descrente, ou vice versa. Luz e trevas não têm comunhão. É motivo de tristeza e sofrimento na certa. Claro que Deus é gracioso e pode mudar o coração do descrente, mas o risco do inverso é bem maior. Caso os dois sejam crentes, mas de denominações diferentes, ambos precisam entrar em consenso sobre qual será sua casa espiritual antes de casarem. Sugiro que o menos fervoroso e ativo ceda ao mais ativo e fervoroso.

 

A questão da família é importante também. Quem são os pais dele (a), seus familiares? São pessoas de bom relacionamento, de boa reputação? Como ele (a) se comporta com sua família? Quem são os amigos e como é a relação com os vizinhos e parentes?

O (a) pretendente é alguém que gosta de trabalhar? Ou vive à custa da sua família? Ele (a) revela-se muito voluntário (a) ou não? São detalhes interessantes a serem observados.

A questão cultural também tem seu papel. Se o desnível cultural for muito grande, poderá ser fonte de atritos e disparidades. Muitos casamentos já desmoronaram em virtude do desequilibro cultural.

O fator econômico pode converter-se em fonte de conflitos pessoais quando o interesse estiver focado muito nele. O enfoque deve ser o (a) pretendente e não o seu capital.

A questão da diferença muito grande de idade pode a princípio parecer de pouca importância, mas posteriormente ser motivo de conflitos e dificuldades, principalmente quando não houver compreensão e paciência.

O primeiro degrau é o da amizade, quando os pretendentes começam a conhecer mais de perto como pessoas. Depois vem o degrau do namoro, quando ele pede permissão aos pais dela para namorá-la e ambos podem conhecer as famílias de cada um. Nesse tempo os dois devem fazer suas avaliações e se chegaram à conclusão de que foram feitos uma para o outro, passam para o terceiro estágio do noivado, quando todas as atenções já se voltam ao casamento, não esquecendo, entretanto noivado ainda não é casado.

A boa escolha é fundamental para um futuro lar feliz e muito contribui para uma futura família harmoniosa. Muitos querem escolher tão bem que acabam não encontrando o seu par, porque não existem moças e nem rapazes perfeitos. Um bom casamento, um bom lar, uma boa família não caem prontinhos do céu; seus componentes precisam trabalhar neles, cada um precisa fazer a sua parte.
Você, caro leitor, está pensando em constituir um lar, uma família, casar? Então pensa sobre o que acabou de ler. Você que já tem a sua família e seus filhos pretendem casar; não deixa de dar-lhes seus conselhos baseado na sua própria experiência de vida. Se para tudo na vida há preparo, também deve haver para a família, que é a célula da sociedade!