De bem com a vida financeira – Parte 2

Autor: Pr. José Luiz Kollenberg

Na página deste mês, damos continuidade ao assunto tratado no mês passado, “de Bem com a Vida Financeira” abordado pelo Economista Jairo Köhn, residente em Curitiba–PR. como assim segue: DE BEM COM A VIDA FINANCEIRA, (Parte II)

Os agentes econômicos conhecem muito bem esta dinâmica. (“Essa ‘batalha’ que se trava entre consciente x inconsciente; sobre uma decisão de gasto”).  E eles não somente estudam, mas querem e conseguem influenciar as decisões das pessoas sobre os seus gastos. Eles querem o seu dinheiro! É nisto que o marketing investe, onde se criam novas necessidades para novos produtos, onde os empresários se aplicam para expandir ou criar mercados consumidores. A “psicologia do consumo” seduz (através dos 5 sentidos!), confunde e engana com o único objetivo de fazer as pessoas consumirem. Esse mecanismo age como dinamite na “caixa d’água” do orçamento quando lá na formação da personalidade do indivíduo não houve uma correta definição dos valores das coisas – e isso pode afetar a auto-estima das pessoas.

Fica claro, portanto, que quase sempre o problema no fluxo da “caixa d’água” está em controlar a saída, e de fato temos maior poder de ação sobre os gastos do que sobre a renda. Pesquisas mostram que hoje em torno de 80% das famílias brasileiras gastam mais do que ganham todo mês, apenas 7% das pessoas se consideram muito comedidas com relação aos gastos, e 40% gostaria de economizar mais. A chave está no planejamento financeiro, que significa organizar a vida financeira de modo a ter sempre reservas para os eventuais imprevistos e, pouco a pouco, construir um patrimônio que garanta na aposentadoria uma fonte de renda suficiente para uma vida tranqüila e confortável.

Não vou descrever como fazer um planejamento financeiro, não há espaço para isso, mas você pode pesquisar – há muita literatura a respeito hoje em dia. Quero apenas destacar alguns pontos que não devem ser novidades pra você. Comece a elaborar seu orçamento doméstico registrando seus gastos diários – para fazer o planejamento financeiro primeiro é necessário ter informações. E envolva todos os membros da família no assunto, é importante que todos conheçam a situação financeira – busque desenvolver o interesse de todos pelo dinheiro. Tente pagar sempre a vista, evite empréstimos e financiamentos, mas quando necessário pesquise bastante as taxas de juros. Busque fugir a todo custo dos juros. Preste atenção no que está motivando você a realizar cada gasto, tente economizar nas pequenas coisas, elimine supérfluos e estabeleça objetivos definindo metas de curto, médio e longo prazo. Ah, e não tem jeito, o segredo é realmente poupar (abrir mão do consumo hoje por um consumo no futuro). E quando acumular poupança, busque investir a renda poupada em ‘ativos bons’, que são aqueles que não geram despesas adicionais.

E para que esse mecanismo trabalhe em harmonia, existem quatro traços do caráter que precisam funcionar: coragem (se as finanças vão mal, é preciso coragem para encarar de frente o problema e buscar soluções, identificando e trabalhando na causa raiz), disciplina (sem ela, não nos desenvolvemos em nada na nossa vida), visão(precisamos saber o que queremos, há um ditado que diz “Se você não sabe para onde vai, todos os caminhos o levam a lugar nenhum” e outro que diz “Não há vento bom para barco sem rumo”) e persistência (todos sabemos que não é fácil. Um famoso esportista disse certa vez: “Dizem que sou um cara de sorte… Só sei que, quanto mais me esforço, mais sorte tenho!”).

Um grande abraço, e sucesso na jornada!

Agradeço a participação do economista, Jairo Köhn
que sem dúvida serviu de enriquecimento e valorização da página “de bem com a vida” assim como ao querido leitor.
Deus os abençoe, e conceda  a sua paz.

Pastor José Luiz Kollenberg
Especialista em Aconselhamento e Psicologia Pastoral