Considero que o princípio mais vital de uma família é o amor, como a maior das virtudes e o maior dom. Primeiramente que o casal, marido e esposa, amem acima de todas as coisas a Deus e estejam, pela fé, ligados à fonte do amor. Depois, que decidam se amar um ao outro, porque amar também é uma decisão, e assim vivam um para o outro. A seguir que amem o que fazem e ganhem seu pão honestamente. Devem também amar seus filhos, que Deus na sua infinita graça, lhes conceder. O amor ao próximo e a si próprio também entra no rol. O amor aos inimigos, ou aos que não gostam de nós não está excluído. Não é em vão que Paulo diz em 1. Coríntios 13.13: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.”
Onde o amor prevalece e domina não faltará o respeito. O casal se respeitará um ao outro; os pais aos filhos e estes aos pais; a família respeitará a palavra de Deus; respeitará os que pensam de maneira adversa ou diferente. Isso quer dizer, considerará válida a opinião dos outros e no que depender dela, terá paz com todos.
“Sem fé é impossível agradar a Deus”. É necessário que em cada família haja fé no Deus único e verdadeiro; não uma fé supersticiosa em coisas. Uma fé que proporciona tranquilidade, serenidade e paz, pois gera a certeza de que as coisas, no seu devido tempo, acontecerão e se resolverão.
Havendo amor e respeito entre os membros da família, a consequência será uma vida harmoniosa, feliz e abençoada. Surgirão contratempos, sim, pois ela continuará sendo formada por seres humanos imperfeitos e falhos, que lutam com as paixões da carne, porém, os princípios vitais do amor, do respeito, da fé nortearão sua vida proporcionando equilíbrio.
Causa muita tristeza perceber que na ampla maioria das famílias atuais esses princípios vitais se perderam em consequência do pós-modernismo, onde o ter é mais importante do que o ser. Vivemos numa época obcecada pelo brilho do poder, das posses, da diversão, do prazer, da rapidez, do descartável. Uma época em que a criação dos filhos está entregue a estranhos e não aos pais; em que a máquina substitui o homem esfriando assim a comunhão e o contato até no casamento.
Urge resgatarmos os princípios vitais do amor, do respeito, da fé e harmonia em nossos lares, nas nossas famílias, se não quisermos ver amanhã uma sociedade em caos, pois a família sempre foi e será a célula central da sociedade. (Leia o Salmo 128, o Salmo da família).
Pastor Ivo Lídio Köhn.